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Foto do escritorNayara Venâncio

Criatividade e empreendedorismo aliados à moda consciente


Você provavelmente já ouviu a expressão “economia criativa”, mas talvez não saiba o que significa. O termo é relativamente novo e refere-se a um novo modelo de negócios, que reúne atividades econômicas onde a matéria prima é a criatividade dos produtores. Mas não se espante: ela pode ser entendida também como empreendedorismo.


Esse setor está diretamente ligado à moda atual. Além de ter sido compreendido, foi incorporado ao modelo de produção do segmento. Essa prática está associada a um dos pilares da moda consciente. Para o gestor de empresas, Thiago Oliveira, a economia criativa ajuda na criação de formas inovadoras e inteligentes para produção e reutilização de peças. Desta maneira, contribui para uma prática consciente.


Novas ideias e produções conscientes criaram espaço no comércio atual e ajudam no desenvolvimento da economia local. Qualquer pessoa com alguma habilidade ou criatividade pode empreender, o que torna o mercado mais acessível e inovador, explica Thiago.


Para Mariah Pucci, analista de Marketing, o empreendedorismo local traz os itens necessários para a realização a partir de pequenos fornecedores. Deste modo, a produção torna-se menor e regional. Consequentemente, a cadeia toda fica mais controlada e estabelecida.


O pequeno produtor não pensa em larga escala

Segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), o setor teve um crescimento de 69% entre 2003 e 2013. O estado de São Paulo se destaca no mercado criativo, com 328 mil trabalhadores. Graziele Pilatti, criadora da Colliê, começou a sua marca de acessórios após não se identificar com produtos vendidos no mercado atual. Assim, enxergou a oportunidade de criar um negócio próprio. “As pessoas se identificaram com os acessórios que eu tinha feito, e na época eu precisava de uma renda extra”, diz. Ela gerencia toda a sua marca, desde o design das peças até a entrega ao consumidor final.


Graziela e seus colocares feitos a mão. Foto: Nayara Venâncio/Modavesso

“O pequeno produtor não pensa em larga escala. Queremos criar produtos pensando apenas nos consumidores. Não nos preocupamos só em vender: queremos trazer propostas diferentes e inovadoras”, explica Graziele.


Outro exemplo de empreendedor regional é Aline Boaratti, dona da marca de roupas sustentáveis Manlaya. Aline cria todo o design das peças, mas emprega outras pessoas para a confecção. Assim, gera novos empregos para a cadeia produtiva. “Eu faço quase tudo sozinha, só não confecciono as roupas, pois não sei fazer e quero ter um produto de qualidade. Então contrato outras pessoas que fazem as peças em um ateliê”, explica.


Aline e vestido da sua coleção. Foto: Nayara Venâncio/Modavesso

O empreendedorismo local aliado à criatividade estabelece novos cenários para os processos produtivos na moda. Hoje é possível encontrar qualquer produto feito por artesãs locais. E ao comprar algo feito em menor escala e que você sabe como foi produzido, auxilia o comércio regional e contribui para a criação de novas vagas no mercado.


Acompanhe abaixo a nossa conversa com a Stheffany Wendy, dona do I Need Brechó. Ela nos contou um pouco da sua ideia de começar um negócio e como isso se desenvolveu.





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